sexta-feira, 9 de julho de 2010

No ar: mais do mesmo*

Ao mesmo tempo em que a televisão aberta brasileira dá sinais de amadurecimento – mesmo após 60 anos de instalação – podemos 'apreciar' a continuação da mesmice. A música “metamorfose ambulante”, do imortal Raul Seixas, parece não fazer nenhum sentido para as principais emissoras do país. Ao passo que mídias como a internet e a TV por assinatura se popularizam cada vez mais, parece que o futuro dos grandes empresários televisivos será mesmo sucumbir em suas próprias tentativas de reinventar o modo de se produzir televisão. Durante a evolução da TV , muita gente parou e assistiu seu programa preferido, mas convenhamos que tudo que é repetitivo ou parecido cansa. A TV Record, por exemplo, ainda acha que tentando copiar a Globo, pode chegar ao primeiro lugar em audiência. Tudo bem que com algum mérito conseguiu superar o SBT – diga-se o teimoso Silvio Santos, o que acaba dando na mesma – mas deixar de aproveitar esse filão para simplesmente ser um genérico global, é querer subestimar a capacidade do telespectador saber diferenciar esse ou aquele programa. Mas nem por causa de seu padrão de qualidade, a Globo fica livre de ser criticada. Justamente por acreditar que pode criar, manter e extinguir hábitos, a emissora carioca tenta ainda empurrar esse molde de programação engessada, a qual nunca dá sinais de quebra de tabu; e isso já chegou ao limite. No Projac ou em outras, os programas de auditório dominicais, os desfiles de lingerie, debates esportivos, enlatados norte-americanos, reality shows e novelas ainda povoam a televisão aberta, numa mistura de nada com coisa alguma, pois nada disso é novidade e há muito não enchem os olhos tanto assim. Na verdade acaba sendo uma forçação de barra. O mais curioso é que os conteúdos são basicamente os mesmos. Afinal, na vida e na TV, nada se cria, tudo se copia ou muda de emissora. E ao que tudo indica: será sempre assim. É a reinvenção do que já vemos e não mais interessa. E tanto os empresários como o telespectador fingem que isso não existe.


*artigo produzido para a disciplina Processo Informação I

domingo, 18 de abril de 2010

Descanso é bom, e eu gosto

Programa de rádio saindo do forno, seminário de Tecnologia e Imagem, prova do Banco do Brasil, gravação de vídeo com a Tallman. Some isso ao trabalho diário numa empresa de eletroeletrônica, mais as provas do semestre que já começam a chegar. Não se preocupe se eu sumi e não falei sobre o tão esperado (pelo menos por mim) “Um Sonho Possível”, que rendeu à Sandra Bullock um Oscar mais que merecido. É que essa semana promete ser a mais intensa nesse período. Estou com tanta coisa pra fazer. E o tempo que estou aqui escrevendo poderia ser usado para fazer algumas delas; mas não tem jeito, preciso vir aqui e desabafar. As tarefas que citei lá no começo se juntam ainda ao Grupo Jovem, ao Acampamento, ao banho do Didu (meu cachorro), e outras tantas que não recordo, mas sei que quando estiver na hora de acontecer vou me lembrar. Depois as pessoas caçoam de mim dizendo que eu só penso em férias. De fato! Isso é a mais pura verdade. Vou mais além: quando estou on vacation, fico o mais off possível e torcendo pra que dure muito.

O surto de Gripe Suína, em agosto do ano passado, fez com que as férias fossem prolongadas. Como eu gostei (não da epidemia, claro, mas do estiramento), porém tinha gente doida pra voltar logo. Nada disso acontece só comigo. Sei que estou reclamando de algo que é o “privilégio” de muita gente, pra não dizer de quase todo mundo. Até mesmo porque viver, hoje em dia, é sinônimo de agenda cheia. Deitar e dormir pelo menos por umas dez horas, ler um bom romance, sair com a família, ir para um bar, passear com o cachorro, assistir a “Sessão da Tarde” e coisas afins é o que eu chamo de viver desobrigadamente. E como isso é bom. Se um dia tiver tempo pra isso vou achar que o relógio está andando pra trás e eu, voltando ser criança. Do jeito que a coisa está é bem provável que muita gente pense assim. Mas por enquanto vamos vivendo como cão e trem-bala, nessas selvas de pedra, físicas e virtuais, achando que num feriado prolongado não iremos fazer nada.

No mais um abraço! tenho que correr pra pegar o ônibus! E a vida continua...

“Cansei de alimentar os motores, agora quero freios e Air Bags”.

(Humberto Gessinger)

quarta-feira, 10 de março de 2010

O que é Rugby??


Na certa eu devo estar ficando louco! TÕ nem aí! O rugby é um esporte complexo de explicar. É um mixto de futebol com beisebol e uma dose de futebol americano (tem muito a ver com esse último).
Mas o que eu quero escrever mesmo é sobre o filme "Invictus", que fui ver essa semana. Caramba! é um filmenomenal. Não sei se é porque o Clint Eastwood tá mandando muito bem na direção de seus filmes (vide "Gran Torino"), se é pelo Morgan Freeman (que dispensa comentários) ou se é pra falar de como um homem mudou a história de um país. Talvez seja de tudo um pouco.
Falar sobre temas polêmicos não é muito minha área, mas confesso que deu uma vontade de escrever sobre como o racismo afeta ainda a vida de todo mundo. Qualquer que seja o tipo de segregação traz a indiferença, o medo e, é claro, o preconceito. Na verdade é a origem desse mal todo.
Então, eis que um cara, recém libertado de uma prisão torna-se presidente da África do Sul. Logo, seus algozes brancos temem pelo futuro do país. Por sua vez, os negros que viveram até então separados, têm sede de vingança, querendo destruir toda e qualquer herança que marcava o poder dos brancos. Isso sem falar na especulação internacional. Mas, contrariando todas as previsões e anseios vingativos, esse homem apela para a paz, união e fraternidade, explorando sentimentos antes nunca possíveis de o serem. Hoje é reconhecido como um dos maiores e mais carismáticos líderes da história. Tudo isso só pelo fato de acreditar que sem o ódio e o rancor, a convivência é possível e nós podemos ser melhores. Quem é ele? Nelson Mandela, o Madiba.
E olha só! O rugby era, até o fim do Apartheid, em 1990, um esporte de brancos, odiado pelos negros sul-africanos. Em 1995 o país sediou um Mudial do esporte, onde brancos e negros festejaram juntos o campeonato da seleção anfitriã. Agora, em 2010, é a vez do futebol, esporte da maioria negra nos anos 90, sediar um mundial . O esporte que era considerado coisa de rudes pelos brancos até então, tem amissão de encerrar de vez qualquer discussão sobre segregação. Concerteza, o evento e a grandeza do povo sul africano serão celebrados por todos.
Nesse filme, ao lado de "Distrito 9" há uma promoção da África e o apelo para fim da intolerância e separação racial; não só para a Copa, mas para sempre. Sinceramente, não sei por que não concorreu ao Oscar.


sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tempo, tempo , tempo

Em 2010, mais precisamente este mês chego aos 24! Eita!
Até outro dia estava pensando nos anos 90, tempo que vivi toda minha infância(quanta saudade, vide post de setembro) e pré adolescência!
Os anos 2000 passaram num piscar de olhos - E olha que foi mesmo um pisco! Nem acredito que nessa década estudei no ensino médio, cursei eletrotécnica no CTU ,depois fiquei 2 anos sem estudar, morei sozinho em Cataguases (Foi em Ktá, mas valeu né), vi as torres gêmeas caírem, Lula virou presidente, Dercy morreu (ou enfim, foi enterrada), comecei a trabalhar, entrei na Faculdade de Engenheria e desisti, fui pra Faculdade de Comunicação, comecei a namorar sério, viagei muit
o, conheci os melhores amigos que alguém pode ter, inclusive Deus! enfim...são tantas coisas!
Ao passo que, quando crianças, o tempo passa à nossa frente, na fase adulta parece que o processo se inverte e, com isso, o medo de perdê-lo nos torna escravos dele e acabamos falando coisas do tipo "Ah se eu tivesse tempo". Caraca! Quando o ano começa, penso que até chegar dezembro vai demorar muito e olha só: janeiro já era!
De fato, tempo é uma coisa preciosa e por isso não o podemos comprar. E se pudessemos, você o faria? A resposta pra isso não pode ser hipotética. Acho que o tempo poderia ser algo vendido nas farmácias, mas somente sob receita médica, tarja preta e a um preço muito alto. Quem sabe assim não daríamos mais valor a ele!
Eu acho que 2010 promete. Se for assim, espero que 2011 cumpra!